Quadrilha
Cidade do interior de Minas em época de festa junina, não se falava nem se fazia outra coisa. O mês inteiro era celebrado em todos os cantos, em todas as escolas. Quanta comilança e diversão!
Mas, uma família de tradição presbiteriana não podia participar desses eventos. No máximo, podia visitar as barracas de comida, assar batata doce na fogueira, fazer pescaria de brindes, e só. Nada de participar de rifas, bingos... Quadrilha, nem pensar, onde já se viu cometer o pecado da dança!
A menina loirinha e banguela, a mais velha, não se conformava com isso. Tinha o sonho de participar da quadrilha. No grupo escolar, na hora do recreio é que as crianças ensaiavam os passos ao som contagiante da música folclórica, e ela ficava só olhando. A mãe tinha deixado bem claro à professora de que sua filha não participava dessas coisas.
Mas, na semana anterior à festa junina do grupo, uma das meninas que dançava pegou caxumba, e era justamente a "noivinha". Pois, a loirinha não titubeou, ofereceu-se para substitui-la. Precisou mentir para a professora, dizendo que a mãe havia mudado de ideia.
Naquele dia, ela participou do ensaio, e surpreendeu a todos por conhecer e dançar os passos melhor que todos os coleguinhas que já vinham ensaiando há semanas.
Lógico que a sua mentira teve perna curta, e lhe custou castigo e palmadas. Lógico que ela não dançou a quadrilha... Mas, guardou para sempre na memória aquele dia de ensaio, como quem se lembra do dia em que um sonho vira verdade!
Mas, uma família de tradição presbiteriana não podia participar desses eventos. No máximo, podia visitar as barracas de comida, assar batata doce na fogueira, fazer pescaria de brindes, e só. Nada de participar de rifas, bingos... Quadrilha, nem pensar, onde já se viu cometer o pecado da dança!
A menina loirinha e banguela, a mais velha, não se conformava com isso. Tinha o sonho de participar da quadrilha. No grupo escolar, na hora do recreio é que as crianças ensaiavam os passos ao som contagiante da música folclórica, e ela ficava só olhando. A mãe tinha deixado bem claro à professora de que sua filha não participava dessas coisas.
Mas, na semana anterior à festa junina do grupo, uma das meninas que dançava pegou caxumba, e era justamente a "noivinha". Pois, a loirinha não titubeou, ofereceu-se para substitui-la. Precisou mentir para a professora, dizendo que a mãe havia mudado de ideia.
Naquele dia, ela participou do ensaio, e surpreendeu a todos por conhecer e dançar os passos melhor que todos os coleguinhas que já vinham ensaiando há semanas.
Lógico que a sua mentira teve perna curta, e lhe custou castigo e palmadas. Lógico que ela não dançou a quadrilha... Mas, guardou para sempre na memória aquele dia de ensaio, como quem se lembra do dia em que um sonho vira verdade!
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